Começa o julgamento dos cúmplices do assassinato por engano de brasileiro em Portugal

Os três acusados do assassinato por engano do ex-militar brasileiro Alisson Rodrigues, ocorrido em junho de 2023 na cidade de Grândola, Portugal, começam a ser julgados na quarta-feira (8) em Setúbal. O caso ganhou repercussão internacional e levou ao destaque sobre a violência no país europeu.

Depoimento da viúva e detalhes do crime

Um dos primeiros depoimentos será de Mayla Pertel, esposa de Alisson, que foi poupada pelos assassinos porque estava grávida na época. Maria Alice nasceu em novembro de 2023, fortalecendo o vínculo familiar após o trágico episódio.

“Que, no mínimo, eles paguem pelo que fizeram ficando presos. Porque o que fizeram é irreparável”, afirmou Mayla ao portal Portugal Giro. A brasileira relatou que, ao entrarem na residência do casal, os criminosos procuravam outra pessoa e atiraram em Alisson, que tentava protegê-la após um dos assassinos apontar uma arma para ela.

O crime e suas circunstâncias

Ex-paraquedista, natural de Fortaleza e criado no Rio de Janeiro, Alisson foi vítima de uma situação dramática dentro de sua casa na pacata cidade de Grândola. Os assassinos entraram armados na residência com a intenção de encontrar alguém, mas acabaram atirando contra ele. Durante a ação, Alisson levou três tiros e foi agredido por uma das assassinas, que utilizou uma barra de ferro.

Os golpes só cessaram quando Mayla declarou que estava grávida, o que acabou salvando sua vida. Ela relatou ainda que os criminosos tentaram atacar ambos, mas a reação rápida dela impediu uma tragédia ainda maior.

Julgamento e penas previstas

Segundo a advogada de Mayla, Alessandra Fantoni, os três indicados serão julgados por diversos crimes, principalmente homicídio qualificado agravado, com penas que podem variar entre 12 e 25 anos de prisão. Ela explicou que, embora as penas possam se somar, Portugal limita a condenação máxima a 25 anos.

“As penas somadas podem ultrapassar os 25 anos. Porém, em Portugal, a pena máxima para homicídio é de 25 anos”, detalhou a advogada. O julgamento ocorre em meio à comoção e expectativa de justiça pelos familiares de Alisson.

Contexto e próximas etapas

Mayla, que manteve o plano de residir em Portugal em homenagem ao marido, afirmou que espera que os responsáveis fiquem presos por suas ações. Além do homicídio, os suspeitos respondem por diversos crimes relacionados ao episódio.

A próxima fase do processo deverá esclarecer todas as circunstâncias do crime, além de garantir o reconhecimento da responsabilidade dos acusados. O julgamento é considerado um passo importante na busca por justiça para Alisson Rodrigues e sua família.

Para mais detalhes sobre o caso, acesse a matéria completa no site O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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