Dólar vira e passa a cair após bater R$ 5,22 com dados dos EUA
O dólar virou e passou a opera em queda ante o real e o Ibovespa subia na tarde desta deste sexta-feira (6), em dia marcado pela divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos, que vieram bem acima do esperado.
Às 16h26, o dólar caía 0,15%, a R$ 5,1615, após bater R$ 5,2207 na máxima do dia. O Ibovespa, por sua vez, avançava 0,96%, aos 114.373 pontos, após abrir a sessão em baixa.
Cotação do dólar hoje
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Payroll no radar
A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos aumentou em setembro e superou com força as expectativas, sugerindo que o mercado de trabalho continua forte o suficiente para que o Federal Reserve (Fed) aumente a taxa de juros este ano.
A economia dos EUA abriu 336 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira, também conhecido como “payroll“. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 170 mil vagas de trabalho em setembro. As estimativas variavam de 90 mil a 256 mil.
Quanto mais altos os juros nos EUA, mais o dólar tende a se valorizar globalmente, uma vez que os rendimentos dos Treasuries ficam atraentes quando comparados aos retornos de títulos emergentes, de risco muito maior.
No Brasil, o Banco Central já cortou a taxa Selic em 1 ponto percentual desde agosto, a 12,75%, movimento que reduz a rentabilidade do mercado de renda fixa brasileiro, ofuscando ainda mais o apelo do real.
No entanto, alguns participantes do mercado ainda argumentam que os juros domésticos continuarão em patamar restritivo por algum tempo mesmo após o início do afrouxamento monetário pelo BC, o que limitaria os impactos desse ciclo na taxa de câmbio.
Pacheco, da Guide, disse estimar o dólar um pouco mais baixo até o final do ano, em torno de R$ 5,10, “por conta da Selic ainda muito alta”. Ainda assim, no curto prazo, a tendência é o real continuar a se desvalorizar, disse o economista.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os pregões em Wall Street também sofreram mais cedo porém inverteram sinais ao longo do dia
Os rendimentos dos Treasuries seguiam em alta, mas também distantes das máximas, com o título de 10 ano marcando 4,7778%, de 4,716% na véspera. Mais cedo, chegou a 4,887%.
Europa
As ações europeias avançaram nesta sexta-feira ao final de uma semana turbulenta, acompanhando os ganhos de Wall Street, mas registraram perdas semanais, enquanto um relatório de empregos dos EUA mais forte do que o esperado indicou que os juros podem permanecer elevados por mais tempo, o que impulsionou os rendimentos dos títulos.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,58%, a 7.494,58 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,06%, a 15.229,77 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,88%, a 7.060,15 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,16%, a 27.810,61 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,85%, a 9.235,80 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,43%, a 5.888,35 pontos.
Ásia e Oceania
As ações de Hong Kong subiram pela segunda sessão nesta sexta-feira, acompanhando os mercados estrangeiros mais firmes, enquanto investidores aguardavam dados de emprego nos Estados Unidos para obter pistas sobre a duração do regime de taxas de juros altas.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,26%, a 30.994 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,58%, a 17.485 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,21%, a 2.408 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,41%, a 16.520 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,61%, a 3.174 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,41%, a 6.954 pontos.
Com informações da Reuters
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