Polícia prende grupo suspeito de fraudes que desviaram R$ 1,2 bi
Na madrugada de sexta-feira, a Polícia Federal realizou a prisão de oito suspeitos envolvidos em fraudes cibernéticas que resultaram em prejuízo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Os detidos atuavam em uma organização criminosa que planejava atacar o sistema da Caixa Econômica Federal, usando métodos avançados de invasão digital na zona Leste de São Paulo.
Fraudes e ataques cibernéticos no sistema financeiro
Segundo informações da PF, o grupo foi flagrado tentando acessar o sistema da Caixa por meio de um computador roubado de uma agência no Brás, na região central da capital paulista. A ação envolvia a utilização de uma VPN — uma rede privada virtual — que cria um túnel criptografado, protegendo os dados trocados entre o computador e o servidor remoto.
Operações e envolvidos
Os investigadores identificaram os presos como José Elvis dos Anjos Silva, Fernando Vieira da Silva, Rafael Alves Loia, Marcos Vinícius dos Santos, Klayton Leandro Matos de Paulo, Guilherme Marques Peixoto, Nicollas Gabriel Pytlak e Maicon Douglas de Souza Ribeiro Rocha, com idades entre 22 e 46 anos. Ainda não há informações sobre as defesas dos suspeitos, que continuam à disposição da Justiça.
Crimes ligados ao desvio de recursos e ataques ao sistema financeiro
As investigações apontam que o grupo está ligado a outros ataques, como uma invasão em junho ao banco BMP e a uma plataforma da Sinqia, que conecta bancos ao sistema Pix. Essas operações, que envolveram desvios estimados em R$ 800 milhões, afetaram contas reserva no Banco Central, sem prejuízo directo aos clientes, conforme comunicado do banco.
Em um desses ataques, uma participação de um integrante do grupo foi identificada como responsável pelo desvio de cerca de R$ 400 milhões, que afetou o HSBC, segundo informações da Polícia Federal. A operação também revelou tentativas de invasão ao sistema da Sinqia, uma das principais plataformas de tecnologia para o sistema financeiro.
Medidas preventivas e investigações em andamento
Para aumentar a segurança do sistema financeiro, o Banco Central vem alterando regras e limites para movimentações envolvendo fintechs, em uma tentativa de prevenir novos crimes. Além disso, as investigações ainda buscam descobrir se há mais pessoas envolvidas e se funcionários de instituições financeiras participaram dos crimes, que podem resultar na acusação de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meios eletrônicos.
A Justiça Federal confirmou a prisão preventiva dos suspeitos em audiência de custódia neste sábado, e as investigações continuam para mapear toda a rede criminosa e suas ações futuras.
Para detalhes completos sobre as operações e atualizações, acesse a fonte original.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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