Marcas apostam em micro e nanoinfluenciadores para conquistar autenticidade

O universo dos influenciadores digitais evolui rapidamente, levando marcas a repensarem suas estratégias de marketing. Enquanto os grandes nomes com milhões de seguidores ainda atraem atenção, muitas empresas estão voltando seu foco para micro e nanoinfluenciadores, que oferecem maior proximidade e autenticidade na relação com o público.

O crescimento do marketing de proximidade e autenticidade

De acordo com especialistas, as marcas percebem que influenciadores com seguidores menores conseguem promover seus produtos com mais naturalidade e conexão com nichos específicos. Essa estratégia, conhecida como campanha de proximidade, permite uma comunicação mais genuína e eficaz, alcançando consumidores que valorizam conteúdo autêntico.

Nova abordagem: times de criadores em vez de celebridades

Para aumentar o engajamento, algumas companhias passaram a coordenar equipes compostas por mais de cem criadores de conteúdo, em vez de contratar uma ou poucas celebridades de peso. Essa tática possibilita uma abordagem mais diversificada e segmentada, além de abrir oportunidades para micro e nanos influenciadores que conseguem transformar seus perfis em fontes de renda, mesmo com base de seguidores menor.

Influenciadores menores ganham protagonismo

Dados de pesquisa da Wake Creators mostram que microinfluenciadores, com até 100 mil seguidores, conseguem convencer cerca de 74% de sua audiência a experimentar produtos. Nichos mais comuns incluem cosméticos, produtos de limpeza, gastronomia, moda e decoração, onde a autenticidade e a interação próxima são valorizadas.

Exemplos de sucesso e mudança de perfil

Gabrielle Catharina, de 27 anos, começou a produzir conteúdo em 2024, com 48,8 mil seguidores no Instagram. Após realizar mais de 50 contratos, ela conseguiu uma renda de cerca de R$ 80 mil, o que permitiu sua independência financeira e mudança de moradia. Sua abordagem autêntica e cotidiano comum chamaram a atenção de marcas como Gocase, Emma Colchões e PixPay, demonstrando o potencial dos micro influenciadores.

Já Victoria Cruz, com 96,5 mil seguidores, relata que as marcas pedem para ela manter o tom espontâneo e descontraído, mesmo ao promover produtos, buscando um equilíbrio entre publicidade e autenticidade. Essa tendência também impactou o marketing de empresas de beleza, como a L’Occitane, que em 2023 passou a dar maior espaço a micro e nanoinfluenciadores em suas campanhas, fortalecendo a conexão com comunidades específicas.

Impactos e perspectivas para o futuro

Segundo a consultoria Statista, o investimento global em publicidade nas redes sociais movimentou US$ 24 bilhões em 2024, com previsão de chegar a US$ 32,6 bilhões em 2025. No Brasil, o setor cresceu mais de duas vezes entre 2020 e 2025, passando de US$ 245 milhões para cerca de US$ 807 milhões.

Além do aumento na verba, estudos apontam que uma parcela significativa dos gestores de marca dedica mais da metade de seus orçamentos a influenciadores digitais, refletindo a importância crescente dessas estratégias.

Para o futuro, a tendência é uma diversificação ainda maior: marcas continuarão combinando influenciadores de diferentes perfis e tamanhos, buscando relações mais autênticas e segmentadas, que atendam às demandas de consumidores cada vez mais exigentes por conteúdo genuíno e relevante. Assim, os micro e nanoinfluenciadores devem manter seu papel estratégico, ampliando sua influência nas redes sociais.

Para saber mais sobre o tema, acesse o documento completo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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