CVM investiga CEO da Reag por operações suspeitas com ações

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou um processo sancionador contra o CEO da Reag, Dario Tanure, após identificar operações suspeitas com ações da antiga GetNinjas. A investigação teve início em fevereiro, quando técnicos da CVM perceberam negociações realizadas por Tanure em período vedado, enquanto ocupava o cargo de diretor de Relações com Investidores da companhia.

Operações proibidas e investigação preliminar

O processo ainda não é público e os detalhes das operações não foram divulgados oficialmente. No entanto, a regulação brasileira proíbe negociações por sócios e executivos nos dias que antecedem a divulgação de balanços financeiros, prática que estaria sendo avaliada na investigação.

Na época, Tanure ocupava essa função na Reag, que posteriormente, em abril, foi liderada por ele também como CEO, cargo que acumula atualmente, segundo informações da própria companhia.

Implicações na atuação de Tanure e controvérsias

Após a divulgação de uma nota ontem, assinada pelo próprio Tanure, a CVM reforçou a apuração. A nota veio após a Reag ser alvo da Operação Carbono Oculto, que investiga a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na economia formal. Segundo órgãos de fiscalização, fundos utilizados pela empresa foram empregados na aquisição de outras companhias e na proteção do patrimônio de envolvidos na operação.

Situação sob análise da CVM

Segundo a força-tarefa responsável pela operação, as negociações suspeitas podem representar irregularidades que comprometem a valorização de ações e a transparência de mercado. Dario Tanure ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações.

Futuras etapas na investigação

O processo será julgado pela CVM, que pode aplicar sanções como multas ou outras penalidades. Expertos avaliam que o caso reforça a vigilância sobre operações de executivos e a necessidade de maior fiscalização na relação entre empresários e mercado financeiro.

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Com informações do Jornal Diário do Povo