Alckmin defende Lei da Reciprocidade e aposta no diálogo com os EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que a aplicação da Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos é um instrumento legítimo para proteger a economia brasileira. Ele destacou que o objetivo do governo é abrir espaço para o diálogo, mesmo após o impacto do tarifaço de 50% imposto por Washington.

Lei da Reciprocidade e diálogo internacional

Alckmin ressaltou que a Lei da Reciprocidade foi aprovada pelo Congresso Nacional quase por unanimidade e é uma ferramenta importante, necessária para equilibrar as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos. “O que eu espero é que isso ajude a acelerar o diálogo e a negociação, que é o que o presidente Lula tem nos orientado”, disse o ministro.

Ele destacou que a medida não deve ser interpretada como um rompimento, mas sim como um recurso dentro das regras internacionais. “Nossa relação bilateral é longa e marcada por uma complementaridade econômica evidente”, afirmou.

Complementaridade econômica e setor do aço

Alckmin destacou a importância do setor do aço na relação comercial bilateral. Segundo ele, o Brasil é o terceiro maior comprador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos, além de produzir itens que são exportados para o mercado norte-americano, como veículos e componentes de aeronaves. “Fazemos o semiplano, vendemos para os EUA, que produzem o aço para automóveis, aviões e máquinas”, explicou.

Diálogo e negociações futuras

Apesar de a medida estar em andamento, Alckmin afirmou que, até o momento, não há reuniões marcadas com autoridades norte-americanas para tratar do tema. “Nossa disposição é de negociar, e espero que essa iniciativa possa ajudar a acelerar esse processo”, afirmou.

O ministro reforçou que o governo mantém o compromisso de dialogar com os Estados Unidos e que a aplicação da Lei da Reciprocidade é uma ação dentro do marco legal internacional, buscando equilíbrio nas relações comerciais.

Perspectivas e impacto

A expectativa do governo é que a aplicação da Lei da Reciprocidade contribua para um ambiente de negociação mais assertivo e equilibrado entre Brasil e Estados Unidos, fortalecendo a relação econômica sem prejudicar o diálogo diplomático.

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Com informações do Jornal Diário do Povo