Trump adota medidas inéditas para intervir no setor de tecnologia e recursos nos EUA

Durante seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou uma série de ações sem precedentes para intervir em questões corporativas e estratégicas, promovendo uma mudança significativa no modelo de intervenção do governo na economia do país.

Intervenções no setor de tecnologia e recursos

Trump, apoiado por sua equipe financeira, decidiu arrecadar parte da receita de vendas de chips de inteligência artificial feitos na China, como Nvidia e AMD, direcionando recursos ao governo americano. Além disso, o governo estaria negociando a compra de 10% de participação na fabricante de semicondutores Intel, numa medida que poderia torná-lo seu maior acionista.

Medidas além do padrão convencional

Normalmente, o governo dos EUA não participa de compras de ações em empresas de mercado livre. No entanto, durante a crise financeira de 2008 e 2009, interveio em instituições como Citigroup, AIG e General Motors. Segundo fontes próximas, o envolvimento direto do governo Trump em questões corporativas é uma evolução das ferramentas de política econômica utilizadas anteriormente.

Risco de distorção de mercado e incerteza

Especialistas em segurança nacional e investidores têm manifestado preocupação com o aumento dessas intervenções. Gary Hufbauer, do Peterson Institute, comparou a estratégia ao modelo chinês, dizendo que “é uma direção estatal que não tínhamos nos EUA”.

Wall Street e profissionais do setor financeiro destacaram o caráter surpreendente das ações, que incluem arrecadação de receitas de empresas de tecnologia e participações acionárias na indústria de minerais estratégicos. Esses movimentos, embora possam incrementar os lucros dos investidores privados, carregam riscos de distorção do mercado e perdas fiscais.

Reforço na estratégia econômica de Trump

O foco em setores como aço, minerais críticos e semicondutores reflete a preocupação do governo com a segurança nacional, além de tentar impulsionar a economia com novos investimentos. Segundo porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, essas medidas visam abrir caminho para uma “nova Era Dourada” para os EUA.

Entretanto, a iniciativa tem gerado incertezas, com críticos alertando para a falta de transparência e possíveis efeitos negativos na relação bilateral com a China. Caitlin Legacki, ex-funcionária do Departamento de Comércio, afirmou que as ações parecem mais uma extorsão do que uma estratégia de segurança sustentável.

Reações e riscos futuros

O envolvimento do governo em negócios de empresas privadas, como a Intel, e a possível utilização de recursos do Chips Act criam um cenário de incerteza no mercado financeiro, que já reage com cautela às novas políticas. Investidores temem que a intervenção estatal possa prejudicar a competitividade e a inovação nos Estados Unidos.

Analistas dizem que essas ações levam o país a um território inexplorado, onde a linha entre governo e mercado se torna cada vez mais tênue, podendo afetar a estabilidade econômica e as relações internacionais do país.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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