União, Estados e Municípios aplicam bilhões de Reais em saúde parcialmente em vão
Enquanto os governos nos três níveis federativos – União, Estados e Municípios – não resolveram o problema gravíssimo e histórico da construção e implantação do saneamento básico nos quatro eixos da água tratada, da instalação e tratamento do esgoto, da resolutividade dos resíduos sólidos urbanos e rurais e das galerias pluviais urbanas, os governos continuarão comprometendo bilhões de reais em saúde parcialmente em vão.
Todos esses recursos estão sendo gastos sem resolução nenhuma porque, enquanto 100 milhões de brasileiros não dispõem de esgotos em suas residências “e 30 milhões não têm água tratada, também em suas casas, não haverá solução.
E os recursos que são investidos e/ou gastos no combate a muitas doenças será em vão. Isto porque, a água que os brasileiros bebem é contaminada e a falta de esgoto contribui para o acúmulo de muriçocas, baratas, ratos e outros animais e insetos que transmitem doenças às pessoas, além dos lixos e lixões que são outros centros promotores de doenças, bem assim a ausência das galerias pluviais urbanas. Além dos milhares de fossas sépticas existentes em todo o Brasil.
Consequentemente o combate às doenças que os governos nos três níveis promovem diariamente de nada adianta porque os doentes se reinfectam devido a ausência da instalação do saneamento básico.
Se os bilhões investidos em saúde, inutilmente, fossem dirigidos à construção do saneamento básico, o Brasil teria o seu desenvolvimento econômico assegurado. E solucionado a gravidade da saúde no País.
E a situação se agrava muito mais no Norte e no Nordeste, notadamente, no Norte, porque é onde as redes de água e esgoto não têm muito significado porquanto existem em escala mínima.
Portanto, as doenças no Brasil persistirão porque não há um sentimento concreto, tampouco uma iniciativa resolutiva de não construir as obras de saneamento básico, de acordo com o Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico.
Lamentavelmente, as autoridades de saúde e os governos preferem as atuais políticas de combate às doenças, sem resultado efetivo, e comprometendo recursos inutilmente à construção do saneamento básico nos quatros vetores de água, esgoto, resíduos sólidos urbanos (RSU) e/ou lixos e lixões e galerias pluviais urbanas porque resolvem definitivamente a questão da saúde pública no Brasil.
Por conseguinte, e é triste o que vou afirmar, embora o Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico, a União, os Estados e os Municípios, continuarão a gastar bilhões de reais, inutilmente em saúde pública, sem resolutividade alguma, a construir o Novo Marco do Saneamento, que resolverá o problema gravíssimo da saúde do Brasil definitivamente.
Pelo visto, e é também a minha preocupação, o Piauí preservará a política de perfuração de poços e dos sistemas simplificados de saneamento básico, mas não terá um megaprojeto de construção das adutoras, com utilização dos diversos reservatórios de água já existentes, em todo o Piauí, que atendem às necessidades atuais e futuras dos piauienses quanto ao consumo de água e sem precisar fazer novas barragens, senão circunstancial e pontualmente.
Acredito, consequentemente, que o governador Rafael Fonteles (PT) vai construir o Marco Legal de Saneamento no Piauí, inclusive com a solução da gravidade da situação da AGESPISA, que está exaurida financeiramente, e fará a instalação da MRAE – Microrregião de Água e Esgoto do Piauí, responsável pela construção da política de saneamento básico no Estado nos seus quatro eixos: água, esgoto, resíduos sólidos urbanos – RSU (ou lixos e lixões) e galerias pluviais urbanas. Tudo isto, para não se gastar mais recursos inutilmente em saúde pública no Estado do Piauí, por conta do saneamento básico.
MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.
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