Suíça enfrenta o impacto de tarifas de Trump e crise de confiança

Em 4 de julho, enquanto os Estados Unidos celebravam o Dia da Independência, a Suíça comemorava um acordo aparentemente favorável para evitar tarifas punitivas de Donald Trump. No entanto, pouco tempo depois, a realidade mostrou-se bem mais complexa e desastrosa para o país, que viu suas expectativas desmoronarem diante de tarifas elevadas e dificuldades em influenciar as negociações comerciais com Washington.

De esperança a crise: a inesperada imposição de tarifas de Trump

Após meses de negociações, a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, acreditava que a Suíça tinha consolidado um entendimento favorável com os EUA, incluindo concessões em produtos agrícolas e facilidades para dispositivos médicos. Em 24 de abril, o governo suíço recebeu promessas de um tratamento “preferencial” por parte do administração Trump, com a esperança de evitar tarifas punitivas. Entenda por que a Suíça recebeu uma das maiores tarifas de Trump.

Surpresa e desesperança diante do aumento das tarifas

Contudo, apenas semanas depois, Trump anunciou tarifas de até 39%, mais do que o dobro da taxa imposta à União Europeia, pegando a Suíça de surpresa. A viagem de Keller-Sutter a Washington, em busca de negociações adicionais, terminou sem avanços, e a reação foi a de uma tentativa desesperada de reverter a situação, que acabou em fracasso. Segundo fontes confidenciais, a confiança suíça foi abalada, e o país passou a ser considerado uma vítima de uma estratégia de pressão do governo norte-americano.

Falta de influência e estratégias de resistência

A crise revelou uma fragilidade da Suíça no cenário internacional, especialmente diante de um Trump que aparentava agir com volubilidade e sem considerar as tradicionais convenções diplomáticas. Keller-Sutter afirmou que, ao contrário de outros líderes, ela prefere manter sua palavra e evitar acordos ruins. “Não faremos promessas que não podemos cumprir”, declarou aos jornalistas.

Impacto econômico e futuro incerto

Empresas suíças começaram a elaborar planos de emergência, pensando em transferir produção ou suspender entregas aos EUA. A perda de influência na negociação e a sensação de uma estratégia equivocada colocam em xeque a postura de soberania do país. Além disso, a população suíça celebra seu dia nacional com a preocupação de que as rupturas diplomáticas possam afetar ainda mais a economia e a posição internacional do país.

Perspectivas e lições da crise

Enquanto a delegação suíça permanece em Washington negociando melhorias, a confiança na diplomacia convencional foi abalada. Keller-Sutter destacou que, apesar das dificuldades, o país deve aprender a conviver com instabilidades e seguir em frente, reforçando seu compromisso histórico de resistência às pressões externas, mesmo que isso signifique enfrentar dificuldades no curto prazo. Mais sobre o drama tarifário da Suíça.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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