Ministério da Fazenda prepara plano de resposta ao tarifaço dos EUA

O governo federal deve encaminhar ainda nesta quarta-feira (6) ao Palácio do Planalto uma medida provisória que detalha ações para responder ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. O plano inclui concessão de crédito e aumento das compras governamentais, além de medidas para proteger os pequenos produtores.

Plano envolve ações emergenciais contra tarifaço dos EUA

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o documento está pronto e prevê medidas de concessão de crédito às empresas mais afetadas pelo tarifaço. Haddad afirmou que a publicação da MP deve ocorrer com maior rapidez possível para garantir uma resposta imediata às ações americanas. “Ele está pronto. Discutimos com o presidente para que entre em vigor imediatamente, via medida provisória”, destacou o ministro.

Prioridade aos pequenos produtores e defesa da soberania

Haddad ressaltou que o foco das ações é na proteção do interesse nacional e na salvaguarda dos pequenos produtores, mais vulneráveis às tarifas. “A maior preocupação é com o pequeno produtor, que não dispõe de alternativas à exportação para os EUA,” afirmou. O ministro também criticou a tentativa de interferência do governo norte-americano no Judiciário brasileiro, classificando como inaceitável a influência externa sobre a soberania brasileira.

“O Executivo está zelando pelo interesse nacional e pede união de empresários e governadores para reforçar essa defesa.” Haddad cobrou que estados e empresários se mantenham firmes na defesa dos interesses brasileiros, destacando a necessidade de separar a questão econômica da política. “Somos o único país do mundo com uma força política interna atuando contra nossos interesses em Washington”, afirmou.

Reunião com o Secretário do Tesouro dos EUA

Haddad informou que a reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, já está agendada para o dia 13 de agosto. Caso o diálogo seja promissor, poderá evoluir para um encontro presencial, com o objetivo de buscar um entendimento que preserve o relacionamento bilateral de 200 anos.

Reação regional e relação com países vizinhos

O ministro também avaliou que a taxa inicialmente prevista de 10% é inadequada para países da América do Sul, uma vez que as relações comerciais desses países com os EUA são deficitárias. “Somos um bloco econômico, e o Brasil não pode ser tratado de forma diferente do Paraguai, Uruguai, Argentina ou Bolívia”, afirmou, comparando o Brasil à União Europeia.

Haddad reforçou ainda a importância de manter a unidade regional diante do conflito, buscando ações coordenadas para fortalecer o bloco econômico sul-americano.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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