EUA anunciam taxa de até $15 mil para visitantes temporários em programa-piloto

O governo dos Estados Unidos anunciou a implementação de um programa-piloto que poderá exigir o pagamento de uma taxa de até US$ 15 mil (cerca de R$ 82 mil) para visitantes temporários a turismo ou negócios. A medida, ainda em fase de regulamentação, será aplicada por 12 meses e atingirá cidadãos de países com falhas na verificação de documentos ou que oferecem cidadania por investimento sem residência física comprovada.

Nova taxa para visitantes temporários nos EUA

Segundo o Departamento de Estado, o valor deverá ser pago antes da entrada no país e será reembolsado somente se o viajante deixar os Estados Unidos dentro do prazo estipulado, utilizando aeroportos específicos. A proposta visa combater fraudes em processos de visto e fortalecer o controle migratório. A expectativa é que a regra entre em vigor no dia 20 de agosto.

Impacto no Brasil e na política migratória

Embora o Brasil não integre oficialmente o Programa de Isenção de Vistos dos EUA, a medida poderá afetar os viajantes brasileiros, dependendo da lista de países que será oficialmente divulgada pelo governo americano. Analistas avaliam que a iniciativa faz parte de uma estratégia maior de fortalecer a barreira para estrangeiros considerados de risco.

Reforço na fiscalização de vistos

Paralelamente, o ex-presidente Donald Trump anunciou planos de reformular o tradicional visto EB-5, voltado a investidores estrangeiros. A proposta é criar um “visto ouro” com custos elevados, destinando-se a indivíduos de alta renda, com expectativa de atrair investimentos bilionários e restringir ainda mais a entrada de migrantes de países com verificação de documentos mais fraca.

Vistos de alta valor no cenário internacional

No panorama global, programas de vistos de alto valor, conhecidos como “visto de ouro”, vêm se consolidando em diversos países. Na Europa, a província de Quebec, no Canadá, exige um investimento de 1 milhão de dólares canadenses (R$ 4 milhões), além de outros requisitos de patrimônio e fluência em francês, para concessão de residência por meio de investimentos em imóveis, fundos ou negócios.

Já na Nova Zelândia, as exigências incluem investir até R$ 48,7 milhões em títulos públicos, empresas ou projetos culturais, atraindo investidores de alto poder aquisitivo. Países como Itália, Grécia, Hong Kong e Dubai também oferecem modalidades variadas de vistos nobres, com requisitos que vão desde valores em imóveis até aportes em fundos estratégicos ou doações a fundos de inovação e cultura.

Tendências internacionais e o caso dos Estados Unidos

Enquanto alguns países restringem a entrada de estrangeiros de países em desenvolvimento ou com dificuldades de verificação de documentos, outros continuam a atrair investidores ricos por meio de programas de residência mediante altos investimentos. Os EUA, por exemplo, passam a adotar uma postura mais rigorosa, introduzindo cobranças financeiras elevadas, com o objetivo de filtrar melhor os visitantes e investidores.

Segundo especialistas, a estratégia reflete uma tendência global de competição por estrangeiros de alto patrimônio, que podem contribuir significativamente para a economia local, seja através de investimentos em propriedade, fundos ou projetos inovadores. Ainda assim, essa política de restrição visa também a diminuir fluxos de imigração irregular, fortalecendo o controle fronteiriço e as verificações documentais.

Para mais detalhes sobre os países com as tarifas mais altas para residência legal e as exigências específicas de cada programa, consulte o relatório da Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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