Vagas na educação impulsionam menor taxa de desemprego no Brasil
O Brasil atingiu a menor taxa de desemprego registrada até hoje no segundo trimestre de 2025, graças ao aumento de vagas na área de educação, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação ficou em 5,8%, recorde desde o início da série em 2012, com um total de 102,3 milhões de trabalhadores ocupados.
Setor de educação e a recuperação do mercado de trabalho
O IBGE destacou que, na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, nove dos dez principais grupos de atividade permanecem estáveis, enquanto apenas a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentaram crescimento. Nesse grupo, o número de ocupados atingiu quase 18,9 milhões, um aumento de 4,5% em relação ao trimestre anterior, o que equivale a cerca de 807 mil novas vagas.
Entre os setores que mais contribuíram para esse crescimento, a educação pública e privada foi destaque, liderando as contratações com vagas para professores, serventes, inspetores e porteiros, principalmente nas prefeituras. A coordenadora de Pesquisas do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que há um caráter sazonal nessas contratações, relacionadas ao calendário escolar, com maior movimento a partir de março, quando as aulas recomeçam após o recesso de dezembro.
“Além disso, também as atividades de saúde contribuíram para esse crescimento, mas, de fato, o segmento da educação é bastante relevante nesse processo de recuperação neste trimestre”, afirmou Adriana Beringuy.
Variações nos demais setores de atividade
Na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre, os demais grupos de atividades apresentaram as seguintes variações:
- Agricultura, pecuária e pesca: aumento de 126 mil vagas (1,7%)
- Indústria: acréscimo de 163 mil vagas (1,2%)
- Construção civil: redução de 14 mil vagas (-0,2%)
- Comércio e reparação de veículos: criação de 258 mil vagas (1,3%)
- Transporte e logística: aumento de 123 mil vagas (2,1%)
- Alojamento e alimentação: queda de 55 mil vagas (-1%)
- Setores financeiros, imobiliários e profissionais: avanço de 223 mil vagas (1,7%)
- Serviços domésticos: aumento de 60 mil vagas (1,1%)
- Outros serviços: incremento de 101 mil vagas (1,9%)
Série revisada e confiabilidade dos dados
O IBGE informou que a pesquisa do dia 31 de julho foi a primeira com a nova amostra, baseada no Censo de 2022. Essa atualização permitiu uma revisão na série histórica, algo comum em outros países, mas, de acordo com Adriana Beringuy, sem impacto nos resultados finais, uma vez que a dinâmica do mercado de trabalho permaneceu a mesma. Desde 2012, apenas 25 dos 159 trimestres móveis tiveram alterações nos índices, com variações inferiores a 0,1 ponto percentual. Desde outubro de 2021, nenhuma alteração foi registrada.
O maior índice de desemprego registrado foi de 14,9%, ocorrido em dois períodos durante a pandemia da COVID-19, nos trimestres encerrados em setembro de 2020 e março de 2021.
Para mais detalhes, acesse a fonte oficial do IBGE.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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