Manifestantes protestam contra tarifaço de Trump em frente ao consulado dos EUA em São Paulo

Na manhã desta sexta-feira, manifestantes realizaram um protesto em frente ao consulado dos Estados Unidos na zona sul de São Paulo contra o tarifaço de 50% imposto pelo governo americano. A ação também incluiu críticas à interferência dos EUA na política brasileira e manifestações a favor da soberania nacional.

Reação ao tarifaço e manifestações locais

O ato foi organizado por centrais sindicais e sindicatos de metalúrgicos, coincidindo com um prazo prorrogado para a implementação do aumento de tarifas, inicialmente previsto para o dia 1º de agosto. O decreto de Donald Trump, assinado na última quarta-feira, impõe tarifas a produtos brasileiros, como café, carne e aeronaves da Embraer, enquanto isentou quase 700 itens, entre eles suco de laranja.

Manifestantes carregavam faixas com frases como “Trump tire as mãos do Brasil” e defenderam a soberania, além de gritar “sem anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro”, que responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Repercussões e críticas internacionais

Sylvia Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiando à CSP-Conlutas, afirmou que o tarifaço representa um embargo econômico ao Brasil, que enfrentaria uma ofensiva imperialista. “O governo dos Estados Unidos quer interferir em temas que só dizem respeito à política e ao Judiciário do Brasil”, declarou.

Segundo Sergio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a ação do governo Trump representa “a maior ameaça à democracia e à soberania brasileira”.

Política de negociação e contexto internacional

O governo brasileiro mantém postura de negociação com os EUA, deixando de lado a hipótese de retaliar as medidas comerciais imediatamente. Segundo fontes do Ministério da Economia, há uma tentativa de diálogo para evitar retaliações mais severas, enquanto o governo de Lula busca defender os interesses nacionais.

Este protesto ocorre em um momento de tensão nas relações bilaterais, com o Brasil buscando equilibrar interesses econômicos e políticos diante da ofensiva de Trump. O impacto na pauta exportadora brasileira, especialmente nos setores de café e carne, pode ser significativo se as tarifas permanecerem.

Próximos passos

Espera-se que o governo brasileiro continue negociando para evitar a adoção de medidas retaliatórias mais severas, enquanto organizações sindicais reforçam a união contra o que consideram uma intervenção injusta dos EUA na política e economia nacionais. O prazo para alteração das tarifas é até o próximo dia 7 de agosto.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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