Gestores ajustam carteiras em meio à tensão política e alta dos juros

Gestores de investimentos estão ajustando suas carteiras para enfrentar os desafios de um cenário marcado por tensões geopolíticas, juros elevados e instabilidade política no Brasil. Com o Federal Reserve e o Congresso brasileiro elevando os esforços para controlar a inflação, esses movimentos trazem orientações importantes para quem busca proteção e rentabilidade.

Como lidar com os riscos de curto prazo?

Especialistas recomendam manter o foco no médio e longo prazo, mesmo diante das turbulências atuais. Segundo Carlos Machado, estrategista-chefe do Bradesco Global Private Bank, o essencial é analisar os eventos econômicos com perspectiva, afastando-se da volatilidade de curto prazo para preservar o patrimônio.

Victor Natal, estrategista do Itaú BBA, reforça que é fundamental entender o impacto real de eventos como os aumentos de juros e tensões comerciais. “Investir é uma estratégia de longo prazo, que garante preservação do capital e poder de compra”, afirma.

Como diversificar e escolher bons investimentos?

Para aproveitar as oportunidades mesmo em tempos difíceis, os especialistas apontam a importância de uma avaliação detalhada dos ativos, levando em conta fatores microeconômicos e macroeconômicos. Segundo Natal, a análise da saúde financeira das empresas e do setor ajuda a identificar boas opções no mercado de ações, fundos imobiliários e debêntures.

Ao mesmo tempo, indicadores como inflação, juros, câmbio e o cenário internacional devem orientar a decisão de investimentos, levando em consideração a convergência entre esses aspectos com o perfil de risco do investidor.

O que esperar do cenário à frente?

O ambiente de juros altos, com a Selic atingindo 15% ao ano, favorece os investimentos em renda fixa, sobretudo os pós-fixados. Cristiano Castro, diretor da BlackRock, destaca setores com potencial de valorização, como inteligência artificial, energia, semicondutores, criptoativos e biotecnologia, que lideram as transformações econômicas globais.

Apesar das incertezas, o mercado observa com atenção os movimentos políticos e seus efeitos na inflação e na cotação do dólar, que podem impactar o cenário macroeconômico nos próximos anos.

Para entender melhor as estratégias adotadas pelos grandes investidores diante deste cenário, leia mais em este artigo do g1.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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