Estudante da UFPI é premiado por projeto de diagnóstico precoce do Parkinson

O estudante Caio Burton Alencar Pereira, do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi um dos vencedores do 22º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica – Edição 2024, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente no 7º período da graduação, Caio foi premiado na categoria Bolsista de Iniciação Tecnológica (IT), na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias.

A cerimônia de premiação acontecerá durante a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada entre os dias 13 e 19 de julho, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife.

“O CNPq tentou me ligar várias vezes no dia 24 de junho, mas eu não estava com o celular por perto. No dia seguinte, enquanto assistia à aula, recebi nova ligação. Saí da sala e, para minha surpresa, disseram que a chamada seria transferida para o presidente da instituição, pois ele tinha uma boa notícia. Foi então que ele me parabenizou e contou sobre o prêmio. Fiquei muito feliz. Ter meu trabalho reconhecido é motivo de grande satisfação e motivação. Esse prêmio comprova a relevância científica e o impacto social do esforço que desenvolvo junto ao meu orientador, ao laboratório LIMCI (Laboratory of Image Processing and Computational Intelligence) e à UFPI. Isso me incentiva a continuar criando soluções que realmente façam a diferença na vida das pessoas”, afirma.

O projeto desenvolvido por Caio, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), consiste em um aplicativo móvel que utiliza inteligência artificial para auxiliar no diagnóstico precoce da Doença de Parkinson. A tecnologia analisa imagens faciais dos pacientes para detectar sinais de hipomimia, redução da expressividade facial, um dos sintomas característicos da enfermidade. A proposta busca oferecer uma ferramenta acessível que complemente o trabalho de profissionais de saúde, contribuindo para diagnósticos mais rápidos e precisos.

“Lidar com o número limitado de imagens foi um grande obstáculo. Outro desafio foi adaptar o modelo de rede neural para funcionar com eficiência em celulares, que têm restrições de desempenho. Para isso, criamos uma API (Interface de Programação de Aplicações) que processa os dados na nuvem, garantindo a funcionalidade do aplicativo mesmo em aparelhos mais simples”, explica.

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFPI e orientador do projeto, professor Rodrigo Veras, celebra a conquista como reflexo da qualidade da pesquisa desenvolvida na Instituição.

“A premiação de Caio é motivo de grande orgulho para toda a comunidade acadêmica da UFPI. O reconhecimento na categoria de Iniciação Tecnológica não apenas destaca o talento e dedicação do estudante, como também a força da pesquisa aplicada que realizamos na Universidade”, afirma.

Pró-reitor da PROPESQI, Rodrigo Veras. Foto: Arquivo SCS/UFPI

Rodrigo Veras também ressalta a importância do incentivo à ciência desde a graduação:

“Como orientador, pude acompanhar de perto o comprometimento, a criatividade e a seriedade de Caio em todas as etapas do projeto. Essa conquista reforça a relevância de investir na formação científica desde a graduação e comprova o potencial dos nossos estudantes em oferecer soluções reais para os desafios da sociedade. É, ainda, um reconhecimento à qualidade das ações apoiadas pelo CNPq, pela UFPI, pela Fadex e pela Fapepi. Reafirmamos, com esse prêmio, o papel estratégico da universidade pública na produção de ciência, inovação e cidadania”, conclui.

Com informações da Ascom

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