Lula defende aumento do comércio Brasil-Índia em fórum do Brics
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante o Fórum Econômico Brasil-Índia, que é fundamental fortalecer o comércio entre os dois países para enfrentar o cenário global de protecionismo e guerras tarifárias. O evento foi realizado paralelamente à cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de líderes do grupo.
Brasil e Índia: relação comercial ainda abaixo do potencial
Apesar da boa relação política e econômica, a Índia ainda ocupa uma posição distante nas exportações brasileiras, representando apenas 1,57% do total em 2024. Além disso, foi a sexta maior origem das importações do Brasil no último ano. A ausência do presidente chinês, Xi Jinping, e do russo, Vladimir Putin, acabou colocando Narendra Modi como principal chefe de Estado presente na cúpula brasileira, reforçando a importância do país asiático no cenário mundial.
Dados e desafios na relação comercial Brasil-Índia
Deputado do Brasil destacou que, devido ao protecionismo indiano, o fluxo comercial entre as nações é limitado. Em 2024, o comércio bilateral foi insuficiente para explorar todo o potencial de ambas as economias, que vêm apresentando mercados consumidores em expansão e empresas inovadoras.
“No contexto global de guerra tarifária, a integração Brasil-Índia é estratégicamente vital. Nossas economias são complementares, e a cooperação é essencial para superar bloqueios comerciais”, ressaltou Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Expectativa de acordos e parcerias
Pelo menos uma parceria importante está na pauta: a assinatura de um memorando de entendimento que visa reforçar as capacidades tecnológicas e regulatórias em energias renováveis. Segundo Lula, o documento, a ser adotado em Brasília, vai estimular cooperação técnica na cadeia de minerais críticos, essenciais para a autonomia energética do Sul Global.
Na ocasião, Lula também citou possibilidades de parcerias em áreas como infraestrutura digital, saúde, defesa e aviação. “Vamos iniciar uma cooperação que agregue valor à produção de minerais e energias renováveis”, afirmou o presidente, que também criticou as recentes tarifas anunciadas pelos Estados Unidos para países que se alinhem ao Brics.
Repercussões e próximos passos
Embora Lula e Modi tenham confirmado presença, ambos cancelaram suas participações de última hora, devido a compromissos de última minute. A reunião bilateral entre os dois líderes, marcada para Brasília, acontecerá amanhã e deve tratar justamente dessas futuras parcerias.
A expectativa é que esses encontros frutifiquem em maiores fluxos comerciais e em uma maior integração econômica, contribuindo para a expansão das exportações brasileiras para a Índia e fortalecendo o papel do país no cenário internacional.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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