EUA anunciam tarifas a parceiros que não fecharem acordos comerciais
O governo dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (7) que começará a impor tarifas comerciais a partir de 1º de agosto naqueles países que não tenham chegado a acordos com Washington, incluindo a União Europeia e Taiwan. A medida foi anunciada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que destacou que as tarifas poderão atingir níveis elevados, similares aos que o ex-presidente Donald Trump havia anunciado em 2 de abril, antes de suspender temporariamente as taxas para negociações.
Tarifas elevadas e expectativa de negociações
Segundo Bessent, as tarifas deverão atingir valores bastante altos, e o objetivo é pressionar os parceiros a fecharem acordos até a próxima quarta-feira, dia 9. Em entrevista à CNN, ele afirmou que 18 grandes parceiros comerciais são prioridade, com vários acordos importantes já previstos para serem anunciados. Ainda assim, reconheceu que a grande quantidade de negociações em andamento tem dificultado as etapas finais.
Respostas dos países e perspectivas
Ao seu lado, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas começarão a ser aplicadas em 1º de agosto, ressaltando que o presidente Donald Trump está atualmente definindo os detalhes dessas taxas e dos acordos. Trump confirmou, em sua rede social Truth Social, que começará a enviar nesta segunda-feira as primeiras cartas informando os países sobre as tarifas ou acordos firmados. As cartas serão enviadas a quem não avançar nas negociações.
Apesar do tom de pressão, o governo americano mantém negociações com diversos países e já assinou acordos com Reino Unido e Vietnã. Segundo Bessent, o governo está próximo de fechar novos entendimentos, embora não tenha divulgado quais países estejam nesse processo.
Desafios e tensões no cenário global
As ações de Washington ocorrem em um contexto de tensões comerciais internacionais, com a União Europeia avançando nas negociações e a China ameaçando retaliar caso as tarifas impactem seus interesses econômicos, especialmente em relação ao acordo com os EUA e Vietnã. Além disso, o grupo do Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, manifestou recentemente uma postura mais amena sobre guerras e tarifas, defendendo o multilateralismo.
O presidente americano também anunciou uma política de tarifar em 10% qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do grupo Brics, aumentando ainda mais as tensões no cenário internacional, especialmente enquanto as nações se reúnem no Rio de Janeiro.
Impactos e próximos passos
Apesar da postura de fortalecimento da política tarifária, o governo dos EUA busca negociar para evitar que essas medidas prejudiquem suas relações comerciais. A expectativa é que, até o dia 9, alguns acordos possam ser firmados, permitindo uma redução do impacto das tarifas.
Especialistas avaliam que as tarifas podem gerar um efeito de retaliação e perpetuar a disputa comercial global, com possíveis consequências para o crescimento econômico mundial. A expectativa é de que os próximos dias sejam decisivos para o desfecho dessas negociações.
Para mais detalhes sobre as tarifas e negociações, leia a matéria completa aqui.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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