Open English aposta em modelo híbrido com inteligência artificial e professores

A Open English, plataforma de ensino de inglês, reforça seu modelo híbrido que integra inteligência artificial e professores nativos. Segundo Andrés Moreno, fundador da companhia, a estratégia visa ampliar a escala das aulas e reduzir custos, usando robôs para praticar conversação e personalizar o ensino.

Combinação de IA e professores otimiza aprendizagem na Open English

De acordo com Moreno, o foco é criar uma experiência fluida em que humanos e tecnologia se complementem. A plataforma desenvolveu uma assistente virtual — a Jenny — que avalia o desempenho do aluno, oferece feedback imediato na aula e gera aulas personalizadas, com base nos pontos fracos de cada estudante. Essa inovação permite treinar a fala por até 25 minutos a cada 45 minutos de aula, aprimorando a conversação.

“A IA serve para ampliar o alcance e melhorar a qualidade do ensino, sem substituir os professores, que continuam no centro da estratégia”, afirmou Moreno.

Mercado brasileiro e estratégia de expansão

O Brasil é um dos principais mercados da Open English, junto dos Estados Unidos, México e Turquia, que representam dois terços da receita da plataforma. Segundo Moreno, a marca investe em propaganda regional e busca ampliar a presença na América Latina. Apesar de planos de crescimento, não há planos imediatos para oferecer outros idiomas além do inglês, prioridade por sua enorme demanda global.

O papel da inteligência artificial no futuro do ensino

Para Moreno, a IA não veio para substituir os professores, mas para atuar como uma ferramenta de suporte. A companhia acredita na manutenção do papel humano, especialmente na conexão emocional e na adaptação curricular, através de uma abordagem híbrida. Desde o ano passado, a Open English grava as aulas para treinar a Jenny, que oferece feedback automatizado e cria novos formatos de aulas que envolvem IA e professores ao mesmo tempo.

Desafios e benefícios do uso da IA na educação

Apesar do avanço tecnológico, a preferência dos alunos ainda é por interação com professores. Cerca de 70% dos estudantes do nível básico sentem-se mais confortáveis com o formato híbrido, no qual podem praticar sem vergonha de errar na frente dos colegas. Além de melhorar a experiência do aluno, o modelo torna o ensino mais escalável, permitindo ampliar a oferta de aulas sem a necessidade de aumentar proporcionalmente a equipe de instrutores.

Perspectivas de expansão e inovação

O uso da inteligência artificial também visa a oferecer soluções acessíveis para escolas públicas e governos, com planos de expandir a parceria para ensinar mais de 300 mil crianças em outros países, com o auxílio de tablets e aulas ao vivo. Para Moreno, a estratégia é usar a IA para aprimorar o trabalho dos professores e oferecer ensino de qualidade a um custo reduzido.

Sobre a concorrência, Moreno comentou que a Alliance do rival EF investiu em conversações ilimitadas com robôs de IA, mas destacou que a Open English acredita na integração estruturada dessas tecnologias ao currículo, garantindo maior eficácia e retenção dos alunos.

Resistência dos professores e o valor do trabalho humano

Muito se discute se a automação irá substituir professores, mas Moreno reforça que a Open English não pensa nisso. Os professores continuam essenciais na conexão emocional e na adaptação das aulas. A empresa prioriza dar ferramentas que potencializem o trabalho humano, e não substituir por completo.

“Acreditamos que a inteligência artificial deve melhorar o papel do professor, tornando o ensino mais eficaz e acessível”, afirmou Moreno.

Mais detalhes da estratégia da Open English e sua visão sobre o papel da IA na educação podem ser conferidos no artigo completo neste link.


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Com informações do Jornal Diário do Povo

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