Banco Master investe R$ 2 bilhões para aprovar fusão com o BRB
Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, concordou em aportar R$ 2 bilhões na instituição financeira para facilitar a aprovação da fusão com o Banco de Brasília (BRB). A operação, ainda sob avaliação do Banco Central, faz parte de um plano negociado com as autoridades regulatórias para consolidar os bancos de médio porte no país.
Injeção de capital e aprovação regulatória
A primeira parcela de R$ 1 bilhão foi aprovada pelo Banco Central nesta semana, enquanto a segunda deve receber sinal verde nos próximos dias, segundo fontes confidenciais próximas às negociações. Parte dos recursos veio de vendas de ativos feitas por Vorcaro ao BTG Pactual em maio, detalharam as fontes.
A movimentação faz parte do esforço para convencer as autoridades de que a fusão é viável e segura. A operação está pendente de aval final do Banco Central, que avalia a sustentabilidade econômica do acordo.
Operação aprovada pelo Cade e expectativas finais
A compra do Banco Master pelo BRB recebeu aprovação incondicional do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início desta semana. A decisão considerou que há pouca sobreposição entre as atividades das duas instituições, evitando prejuízos à concorrência.
Contudo, a finalização do processo depende ainda da autorização do Banco Central, que avalia a viabilidade financeira do negócio. A expectativa é que a conclusão ocorra nos próximos meses, consolidando uma união entre bancos de médio porte com R$ 63 bilhões e R$ 61 bilhões em ativos, respectivamente.
Dificuldades e futuro do negócio
O Banco Master enfrenta dificuldades financeiras e atua com uma estratégia de captação de recursos via emissão de Certificados de Depósito Interbancários (CDBs) com retornos acima da média, protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Críticos apontam que a aquisição pelo BRB pode representar um resgate dissimulado, dado o perfil agressivo do banco e seus riscos elevados.
Se concluída, a operação encerrará uma fase de negociações iniciadas em março passado, envolvendo a maior parte de seus ativos não adquiridos pelo BRB, que busca também um parceiro para negócios remanescentes, disse uma fonte próxima ao processo.
Contexto mais amplo e perspectivas
A fusão entre o Banco Master e o BRB representa uma estratégia de consolidação do setor bancário de médio porte, buscando maior competitividade e sustentabilidade. Especialistas avaliam que o movimento pode estimular maior integração no mercado, embora aumente a atenção regulatória sobre os riscos de endividamento excessivo de bancos menores.
Ainda não há definição sobre o futuro imediato da operação, mas o cenário indica uma rápida tramitação, com grande expectativa do mercado por um desfecho favorável nas próximas semanas.
Para mais informações sobre o cenário bancário e fusões no setor, acesse a matéria completa.
Com informações do Jornal Diário do Povo
Publicar comentário