Promotor pede integração entre as polícias para combater a falta de segurança em hospitais

O Ministério Público do Piauí, por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, realizou nesta segunda-feira (7) audiência pública pra debater a falta de segurança na rede pública de saúde de Teresina. A atividade aconteceu no auditório do Ministério Público do Piauí, na zona leste de Teresina, sob a presidência do promotor de Justiça Eny Pontes, juntamente com o subprocurador-geral de Justiça administrativo do MP–PI, João Malato Neto.

A ação decorre de diversas denúncias sobre a falta de segurança dos profissionais e também dos pacientes nas unidades de saúde. Além disso, tramitam na Promotoria dois procedimentos, um administrativo e outro preparatório. O primeiro visa acompanhar e fiscalizar as ações para a segurança nas unidades básicas de saúde (UBSs) da capital, com a análise de relatórios enviados mensalmente pela Polícia Militar do Piauí, quanto ao policiamento existente nas proximidades das UBSs. Já o procedimento preparatório acompanha a segurança interna das unidades, em razão de notícias de violência dentro de estabelecimentos da rede municipal de saúde de Teresina.

O promotor Eny Pontes destacou que os casos ultrapassaram a barreira das ruas e estão acontecendo dentro da rede pública de saúde.

“É imprescindível que haja um envolvimento de todas as polícias, com um plano de segurança do município. A polícia ostensiva deve estar presente, circulando, a civil apurando fatos, e a guarda municipal zelando pelo patrimônio público”, destacou.

Na ocasião, estiveram presentes diversos representantes de órgãos de saúde. O Sindicato dos Médicos, o Conselho Municipal de Saúde, o Conselho Regional de Enfermagem, o Conselho Regional de Odontologia, o Conselho Estadual de Saúde, bem como o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Lúcia Maria de Sousa Aguiar dos Santos, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), esteve presente e informou que já foram realizadas reuniões com representantes da segurança, mas com nenhum avanço.

“A situação, na verdade, se agravou. Vários consultórios de Teresina pararam de funcionar, pois está inviável a prática da profissão na capital. Isso prejudica o polo de saúde de Teresina. O Piauí teve um aumento de 20% no índice de violência e não estamos vendo ações específicas na saúde”, destacou a representante.

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