14% dos brasileiros usam poupança para cobrir despesas diárias, aponta FGV
Segundo os Indicadores de Confiança, divulgado nesta terça-feira (2/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 14% dos consumidores brasileiros recorreram à poupança para pagar despesas do dia a dia. Este número representa uma leve redução em relação a outubro, quando a proporção havia sido de 14,2%, mas ainda indica alta vulnerabilidade financeira do conjunto da população.
Endividamento profundo e fragilidade financeira no Brasil
Para a FGV, o fato de muitas famílias utilizarem a poupança para pagar contas indica um quadro de endividamento acentuado e fragilidade econômica. Segundo a instituição, em um cenário de juros elevados — atualmente em 15% ao ano — o custo do crédito aumenta, tornando o uso da poupança uma estratégia de emergência.
O comportamento revela vulnerabilidade, pois a poupança, que poderia servir como reserva de segurança ou investimento, está sendo usada para cobrir despesas rotineiras, deixando as famílias mais expostas a choques econômicos.
Confiança do consumidor em alta, mas com riscos
Apesar da preocupação com o endividamento, o levantamento da FGV aponta que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu para 89,8 pontos em novembro, o maior desde dezembro de 2024. Essa melhora reflete um otimismo relativo, impulsionado pelo mercado de trabalho relativamente forte e pela desaceleração da inflação.
Entretanto, a instituição alerta que o aumento na confiança pode ser passageiro. A combinação de endividamento elevado, juros altos e inadimplência contínua mantém as famílias vulneráveis, e uma melhor percepção de curto prazo não garante estabilidade futura.
Perspectivas econômicas e vulnerabilidades persistentes
Especialistas avaliam que, embora os indicadores mostrem um quadro de melhora momentânea na confiança, a situação de dívida e a alta dos juros continuam pesando sobre o orçamento familiar. Segundo dados da própria FGV, o cenário econômico ainda exige cautela, pois as famílias continuam expostas a riscos de inadimplência e dificuldades financeiras.
Para conhecer mais detalhes da pesquisa e as análises completas, acesse o link da fonte.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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