Trump anuncia tarifa de 10% contra países alinhados às políticas do BRICS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (6) que irá aplicar uma tarifa adicional de 10% a “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do BRICS”. A medida foi divulgada por meio de sua rede social Truth Social, sem detalhes específicos sobre os países que serão afetados.
Implicações da medida e contexto internacional
Segundo Trump, “não haverá exceções a essa política”, embora ele ainda não tenha esclarecido quais nações serão consideradas alinhadas às ações do grupo. A declaração ocorre durante o encontro dos representantes do BRICS no Rio de Janeiro, que termina na segunda-feira (7). As discussões culminaram na publicação da “Declaração do Rio de Janeiro”, documento que reforça o compromisso com o multilateralismo e a rejeição a ações unilaterais no comércio internacional.
A declaração do grupo condena medidas tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e que violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). No entanto, o documento não faz menção direta à postura dos Estados Unidos, apesar de alertar para o aumento de ações protecionistas que prejudicam o sistema global.
Reações e possíveis desdobramentos
Pelo lado diplomático, o governo brasileiro destacou a importância do multilateralismo e criticou medidas que desfavorecem o livre comércio. Ainda assim, a declaração do BRICS demonstra apoio a uma solução diplomática e pacífica para as crises no Oriente Médio, incluindo a resolução do conflito israelense-palestino, bem como críticas a ataques recentes contra a Rússia e o Irã.
Enquanto isso, Trump indicou que as cartas e acordos tarifários com os países do grupo serão entregues a partir de segunda-feira ao meio-dia, horário de Washington, reforçando a intenção de monitorar as ações de represália contra os Estados Unidos.
Ambiente de tensões e o papel do BRICS
O encontro do BRICS no Rio de Janeiro também abordou a defesa de uma ordem internacional baseada no respeito ao direito internacional, fortalecendo instituições multilaterais como a ONU. Apesar de condenar ações específicas contra Irã e Rússia, o grupo manteve uma postura cautelosa, evitando críticas diretas às ações de Estados Unidos e Israel.
O posicionamento do grupo reforça a busca por equilíbrio de poder e um possível fortalecimento de alianças contrárias às políticas americanas, cenário que aumenta as tensões na arena internacional nestes tempos de instabilidade.
Este artigo está em atualização.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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