Tarifas de Trump excluem US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) calculou que a lista de exceções à tarifa de importação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos corresponde a 43,4% do total de US$ 42,3 bilhões comercializados entre os dois países em 2024. Desse valor, cerca de US$ 18,4 bilhões estão livres do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em sua ordem executiva assinada nesta quarta-feira (30).

Produtos excluídos da tarifa de 50% e seus efeitos

Ao todo, a lista de exceções soma 694 produtos. Entre eles estão petróleo, combustíveis, suco e polpa de laranja, minérios, fertilizantes, motores, peças, componentes e aeronaves civis. Mesmo assim, itens importantes na pauta de exportação do Brasil para os EUA, como café e carne bovina, tiveram a taxação confirmada.

“Embora essas exceções atenuem parcialmente os efeitos da tarifa de 50% anunciada, a Amcham reforça que ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. Produtos que ficaram de fora da lista continuam sujeitos ao aumento tarifário, o que compromete a competitividade de empresas brasileiras e, potencialmente, cadeias globais de valor”, destacou a entidade, em nota oficial.

Para conferir a lista completa de quase 700 produtos que não serão taxados pelos EUA, acesse a reportagem.

O apoio ao diálogo entre as partes foi reforçado pela Amcham Brasil, que busca preservar a relação diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos, as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental.

Produtos de maior impacto na exportação brasileira

Entre os produtos fora do tarifaço que mais impactam as exportações brasileiras estão combustíveis, que abrangem 76 produtos e totalizaram US$ 8,5 bilhões em vendas em 2024. Em seguida, aparecem aeronaves, com 22 itens que somaram mais de US$ 2 bilhões. Ferro e aço, com exportação de US$ 1,8 bilhão, e pastas de madeira (celulose), com US$ 1,7 bilhão, também figuram entre os principais setores beneficiados pelas exceções.

Desde a assinatura da ordem executiva, o impacto total na economia brasileira tem sido avaliado por especialistas, que destacam a importância de fortalecer o diálogo diplomático para proteger os interesses comerciais do país.

Para mais informações, acesse a reportagem completa em a fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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