Mercado financeiro reduz previsão de inflação para 2025 abaixo de 5%
Os analistas do mercado financeiro diminuíram, pela primeira vez neste ano, a previsão de inflação para 2025 para um valor abaixo de 5%, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). A estimativa passou de 5,05% para 4,95%, refletindo uma melhora nas expectativas econômicas, embora ainda acima do teto da meta, que é de 4,5%.
Perspectivas de inflação até 2028
Segundo o boletim, as projeções para os anos seguintes também foram revisadas. Para 2026, a expectativa de inflação caiu de 4,41% para 4,40%, enquanto para 2027 manteve-se em 4%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 3,80%. Essas projeções fazem parte do sistema de metas contínuas de inflação, adotado pelo Banco Central desde o início de 2025, cuja meta é de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Inflação em julho e controle das metas
A inflação no Brasil teve leve alta em julho, mas ficou abaixo do esperado pelo mercado. Desde o início de 2025, o BC monitora a inflação acumulada em 12 meses, e, neste momento, já considera a expectativa para o período até o primeiro trimestre de 2027. Para cumprir a meta, o Banco Central ajusta a taxa de juros — a Selic —, que impacta a economia com atraso de até 18 meses.
Meta contínua e cumprimento
Com o sistema de metas vigente, se a inflação ultrapassar o limite superior da faixa de tolerância por seis meses consecutivos, o BC deve enviar uma carta pública ao Ministério da Fazenda, explicando os motivos. Até junho, a inflação acumulada superou o teto de 4,5%, levando o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a explicar o descumprimento na carta enviada ao ministro Fernando Haddad.
Fatores que influenciaram o aumento da inflação
De acordo com Galípolo, o aumento da inflação nesta época foi causado por atividade econômica aquecida, variação cambial, custos elevados de energia elétrica e anomalias climáticas. Esses fatores contribuíram para a inflação acumulada em 12 meses — considerada acima do limite na comparação com a meta e sua faixa de tolerância.
Impacto na vida do brasileiro
Para a população, a inflação elevada significa menor poder de compra, especialmente entre quem recebe salários mais baixos. O aumento nos preços dos produtos de consumo afeta diretamente o orçamento das famílias, dificultando o planejamento financeiro de muitos brasileiros.
Outros indicadores econômicos
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,21%, enquanto para 2026 continuou em 1,87%, indicando uma expectativa de recuperação econômica moderada. Quanto à taxa de juros, os economistas mantiveram a previsão de uma Selic de 15% ao ano no fim de 2025, caindo para 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027.
Outras estimativas também foram preservadas, como o valor do dólar, que deve encerrar 2025 em R$ 5,60, e as entradas de investimentos estrangeiros, previstas em US$ 70 bilhões para ambos os anos de 2025 e 2026. A balança comercial, por sua vez, mantém previsão de superávit de US$ 65 bilhões em 2025 e de US$ 68,4 bilhões em 2026.
Segundo o Banco Central, essas projeções refletem a percepção do mercado sobre o cenário econômico brasileiro e as medidas adotadas para controlar a inflação e estimular o crescimento.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site do G1.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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