EUA e Coreia do Sul iniciam maior exercício militar em 2025

As forças militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul irão iniciar, em 18 de agosto, o exercício conjunto Ulchi Freedom Shield, uma operação de larga escala que se estenderá por dez dias. A ação visa reforçar a prontidão das forças aliadas diante das ameaças crescentes da Coreia do Norte, incluindo seus programas de armas nucleares e mísseis de longo alcance.

Detalhes do exercício militar e objetivos estratégicos

Com participação de aproximadamente 18 mil militares sul-coreanos, o exercício inclui treinamentos de campo e simulações computadorizadas de comando e controle, de acordo com o porta-voz militar da Coreia do Sul, Lee Sung-Joon. As operações também buscarão incorporar aprendizados estratégicos de conflitos recentes, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e os conflitos entre Israel e Irã, para aprimorar a capacidade de resposta a ameaças emergentes.

Segundo Ryan Donald, diretor de Relações Públicas das Forças Armadas dos EUA na Coreia, as manobras deste ano manterão proporções semelhantes às edições anteriores, apesar de 50% dos 40 exercícios inicialmente planejados terem sido adiados para setembro devido às condições climáticas adversas. O número de tropas americanas participantes ainda não foi divulgado.

Reações internacionais e cenário geopolítico

O exercício militar ocorre em momento de crescente tensão na região. A Coreia do Norte, que vê essas ações como “simulações de invasão”, costuma responder com demonstrações de força e novos testes bélicos, além de rejeitar os esforços diplomáticos liderados por Washington e Seul desde 2019 para retomar negociações sobre suaamassa nuclear. O país também tem fortalecido sua aliança com a Rússia, fornecendo apoio estratégico na guerra contra a Ucrânia.

De acordo com o porta-voz sul-coreano, as operações buscam também responder às ameaças dos armamentos norte-coreanos, incluindo mísseis de longo alcance e armas nucleares, reforçando a capacidade de defesa dos aliados diante de um cenário instável na península coreana.

Impacto na estabilidade regional

Especialistas avaliam que o exercício reforça a estratégia de dissuasão dos Estados Unidos e da Coreia do Sul frente às atividades militares de Pyongyang. Ainda assim, os efeitos podem ser contestados pela Coreia do Norte, que mantém sua postura de resistência às ações militares internacionais. As manobras também refletem o momento de maior complexidade na diplomacia na região, com esforços sempre dificultados pela ausência de diálogo oficial há anos.

O governo sul-coreano afirma que a escala e o conteúdo dos treinamentos permanecem iguais às edições anteriores, buscando anular qualquer tentativa de suavizar a postura militar frente às tensões na região.

[Fonte: IG Economia]

Com informações do Jornal Diário do Povo

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