Crimes ambientais movimentam até US$ 281 bilhões por ano, alerta estudo internacional

Os crimes contra o meio ambiente e os recursos naturais representam a terceira maior economia ilícita do planeta, movimentando entre US$ 110 bilhões e US$ 281 bilhões anualmente, segundo estudos do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi) e do Instituto Igarapé. A preocupação é global e revela a necessidade de reforçar os sistemas de combate à lavagem de dinheiro relacionados a atividades ilícitas ambientais.

Baixa prioridade dos sistemas de combate na América Latina

De acordo com o Instituto Igarapé, os sistemas de controle contra lavagem de dinheiro na América Latina ainda não tratam com a devida prioridade esses crimes ambientais. A insuficiente integração e a fragilidade dos mecanismos dificultam o rastreamento e o enfrentamento dessas atividades ilegais, que frequentemente envolvem organizações altamente estruturadas.

Dados e perspectivas futuras

O estudo inédito do Igarapé, que será divulgado no Brasil em agosto, reforça a necessidade de um sistema de cooperação internacional mais eficiente. Uma análise anterior, realizada com base em 131 operações conduzidas pela Polícia Federal entre 2016 e 2022, revelou que grupos criminosos utilizam estratégias sofisticadas, como a utilização de “laranjas” na regularização fundiária por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), para esconder a origem de recursos ilícitos.

Importância de uma atuação integrada

A criação de um grupo regional dedicado à rastreabilidade do dinheiro proveniente de crimes ambientais na Bacia Amazônica e em outras regiões críticas é discutida internacionalmente. Segundo o estudo do Igarapé, uma maior articulação entre países poderia fortalecer a fiscalização e diminuir a capacidade dos organizações criminosas de operarem sem controle.

Para mais informações, acesse a matéria completa no Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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