Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de Trump, indica estudo
O dólar operava com volatilidade nesta quinta-feira (24), cotado a R$ 5,5226, refletindo expectativas e incertezas no mercado internacional. Estudos apontam que a implementação de tarifas de 50% por parte do governo de Donald Trump pode levar o PIB brasileiro a perder até R$ 175 bilhões, dependendo do cenário econômico.
Impacto das tarifas de Trump e tensões comerciais
As negociações comerciais dos Estados Unidos continuam no centro das atenções. A expectativa é de que um novo acordo entre Trump e a União Europeia, que deve estabelecer tarifas de 15% ao bloco, seja anunciado em breve. Caso se confirme, esse será o quarto tratado firmado pelo presidente estadunidense desde o início de sua política tarifária, que já inclui acordos com o Japão — considerado por Trump o maior da história — e com as Filipinas.
Na prática, essas tarifas elevam o risco de retração global, afetando cadeias produtivas e preços ao consumidor. Segundo analistas do setor, um aumento de tarifas de 50% na tarifação dos EUA poderia reduzir o crescimento do Brasil em até R$ 175 bilhões, além de impactar o comércio bilateral. Fonte: G1.
Reação brasileira ao cenário internacional
O Itamaraty condenou na quarta-feira as tarifas de Trump, classificando-as como “arbitrárias” e “caóticas” em discurso na Organização Mundial do Comércio. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que não há canais de negociação direta com o governo dos EUA, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de diálogo formal entre as partes.
Enquanto isso, a falta de avanços nas negociações comerciais entre Brasil e EUA aumenta a apreensão no mercado. Investidores aguardam sinais de se o governo brasileiro adotará uma postura de retaliação ou buscará uma reaproximação diplomática para mitigar possíveis prejuízos econômicos.
Decisões do Banco Central Europeu e cenário global
Outra pauta relevante é a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), marcada para esta quinta-feira. A expectativa é de manutenção das taxas, após oito cortes de 0,25 ponto percentual, que visam conter a inflação na zona do euro e equilibrar os efeitos de pressões externas, como as tarifas americanas. Alternativamente, uma alta nas taxas também é cogitada, dependendo do cenário inflacionário.
Dados econômicos de indicadores de indústria e serviços tanto da zona do euro quanto dos Estados Unidos, além de informações sobre o mercado de trabalho norte-americano e a arrecadação federal brasileira, também influenciam as oscilações do mercado financeiro.
Mercado cambial e bolsa
O dólar acumula queda de 1,17% na semana, com valorização de 1,63% no mês e redução de 10,64% no ano. Em contrapartida, o Ibovespa subiu 1,49% na semana, mas recuou 2,51% no mês, embora registre alta de 12,54% no acumulado do ano.
A expectativa de novas tarifas e o cenário internacional instável mantêm a atenção dos investidores sobre as ações do Brasil frente às mudanças globais.
Perspectivas das negociações comerciais
Apesar da aproximação do prazo final de 1º de agosto para tarifas adicionais, poucos países conseguiram firmar acordos comerciais com os EUA. Além do Japão e das Filipinas, negociações continuam com outros parceiros estratégicos, enquanto o Brasil permanece sem avanços concretos nesta frente.
Investidores aguardam sinais de um possível movimento do governo brasileiro, seja na tentativa de negociar condições melhores ou na preparação para possíveis retaliações comerciais, diante do impacto potencial das tarifas de Trump na economia brasileira. Fonte: G1.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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