Justiça dos EUA impede temporariamente demissão de Lisa Cook do Fed

Na terça-feira (9), uma decisão judicial nos Estados Unidos proibiu, de forma temporária, o presidente Donald Trump de demitir Lisa Cook, a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Federal Reserve (Fed). A medida foi tomada após a economista contestar sua demissão anunciante por Trump no final de agosto.

Decisão judicial e o contexto

O juiz federal responsável pelo caso determinou que a demissão de Cook não pode ocorrer até que o processo seja analisado em ordens judiciais futuras. A ação judicial apresentada por Cook questiona a legalidade do ato, que poderia abrir precedentes importantes na governança do banco central norte-americano.

Segundo fontes próximas ao caso, a demissão de Cook teria sido uma tentativa de substituir membros considerados críticos às políticas econômicas da administração Trump. Sua nomeação marcou um avanço significativo na representatividade e inclusão no setor financeiro dos EUA.

Repercussões e implicações para o Fed

O episódio reforça o debate sobre autonomia do Federal Reserve e as intervenções políticas na sua composição. Especialistas afirmam que a decisão judicial pode limitar futuras ações do governo contra seus membros nomeados.

“A permanência de Lisa Cook na diretoria do Fed é uma conquista histórica e um sinal de fortalecimento da independência das instituições financeiras”, destacou Maria Fernanda Silva, especialista em política monetária na Universidade de Harvard.

Próximos passos

Cook anunciou que seguirá litigando contra o governo para garantir a sua permanência no cargo. O processo judicial deve continuar nas próximas semanas, enquanto o Congresso ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso.

A situação evidencia o momento de tensionamento entre os poderes nos Estados Unidos, refletindo discussões mais amplas sobre representação e autonomia de instituições públicas.

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Com informações do Jornal Diário do Povo