Funcionários viram influenciadores internos e promovem marcas nas redes sociais
Cada vez mais empresas têm incentivado seus funcionários a atuar como influenciadores nas redes sociais, promovendo produtos, serviços e a cultura corporativa. Essa estratégia, conhecida como Employee Generated Content (EGC), vem ganhando força após a pandemia, que acelerou a presença digital no ambiente de trabalho.
Funcionários se tornam embaixadores da marca nas redes sociais
Empresas de diversos setores, como cosméticos, turismo, comércio e energia, têm transformado seus colaboradores em influenciadores. A prática inclui a produção de vídeos, postagens sobre rotina de trabalho, dicas de produtos e experiências pessoais, sempre com aprovação e orientação da empresa.
Na prática, alguns funcionários ganham brindes, viagens, bônus ou até remuneração extra, além do reconhecimento interno. Como exemplo, a supervisora da CVC em Manaus, Janaína Souza, de 43 anos, produz vídeos com dicas de viagem para suas redes, tendo um engajamento positivo e retorno financeiro.
Casos de sucesso e estratégias adotadas
A Chilli Beans lançou desafios internos para seus funcionários produzirem conteúdos, atingindo mais de 300 inscritos na primeira edição. Um dos participantes, Lucas Zanin, de 21 anos, usa mídias sociais para atrair clientes para a loja onde trabalha, reforçando a proximidade com o público.
Outro exemplo é a diretora de marketing da Farmasi, Paloma Paiva, de 45 anos, conhecida como a “Diva da Farmasi”, que utiliza suas redes para divulgar produtos e auxiliar na criação de conteúdo para outros colaboradores.
Além do mundo corporativo, organizações como a Vibra (ex-BR Distribuidora) e a Motiva Aeroportos também promovem seus funcionários como influenciadores, convertendo-os em porta-vozes autênticos e aumentando o engajamento digital.
Cuidados e desafios na atuação de influenciadores internos
Especialistas alertam que a iniciativa exige cuidados, especialmente no respeito à privacidade e à liberdade de expressão dos funcionários. Elcio Teixeira, CEO da Heach RH, destaca a importância de diretrizes claras para evitar conflitos de imagem ou mensagens desalinhadas com a estratégia da marca.
Segundo ele, a participação deve ser voluntária e transparente, com canais de feedback para evitar desconfortos. Além disso, empresas reconhecem a necessidade de recompensar adequadamente os funcionários que atuam como influenciadores internos.
Impactos e perspectivas futuras
Especialistas acreditam que essa tendência tende a crescer, já que o marketing por funcionários apresenta maior autenticidade e credibilidade do que campanhas tradicionais com influenciadores contratados. Empresas como Unilever e Afya Educação Médica já investem na formação de embaixadores internos para fortalecer suas mensagens.
Com a maior valorização do conteúdo genuíno, a previsão é que mais organizações adotem esse modelo, transformando colaboradores em uma poderosa ferramenta de marketing digital.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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