Governo federal anuncia plano de proteção contra tarifaço dos EUA

Nesta quarta-feira (13/8), o governo federal revelou um plano de contingência para proteger as empresas brasileiras em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos às exportações do Brasil. A medida foi divulgada após a entrada em vigor da sobretaxa, prevista inicialmente para 1º de agosto e efetivada no dia 6 de agosto.

Reação do governo e medidas de incentivo às exportações

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a resposta brasileira ao tarifaço, anunciou a ampliação do programa Reintegra. A iniciativa concede incentivos tarifários às empresas, com micro e pequenas recebendo de volta 6% do valor exportado, enquanto as maiores terão direito a um reembolso de 3%.

Segundo o governo, aproximadamente 36% das exportações brasileiras sofrerão a sobretaxa de 50%, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A medida faz parte de uma série de ações protecionistas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a diversos parceiros comerciais, incluindo União Europeia, China e Índia.

Contexto do tarifaço e impacto no comércio

O tarifaço foi oficializado por Trump por meio de uma ordem executiva assinada em 31 de julho, que também criou uma lista de aproximadamente 700 produtos isentos da sobretaxa de 40%. Entre esses itens estão suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro. Assim, a sobretaxa efetiva para alguns produtos chegou a 50%, combinando uma tarifa de 10% com outros 40% adicionais.

Em 2024, o Brasil comunicou importações dos EUA no valor de US$ 40,6 bilhões e exportações de US$ 40,4 bilhões, gerando um déficit de US$ 200 milhões. O governo brasileiro reforça que a implementação de uma tarifa adicional de 50% é desproporcional, considerando a relação comercial bilateral que, na visão do governo, é bastante equilibrada.

Resposta do Brasil e possíveis estratégias

Ao contrário de adotar uma postura de retaliação, o governo Lula tem buscado uma atuação de conciliação com os Estados Unidos, rejeitando medidas de retaliação às tarifas. Além disso, o Planalto trabalha na ampliação da proteção às empresas nacionais no processo de exportação para outros mercados, visando fortalecer a presença brasileira no cenário global.

Perspectivas futuras

O governo continua monitorando a situação e busca alternativas diplomáticas para reduzir o impacto do tarifaço dos EUA na economia brasileira. A estratégia inclui, também, esforços para ampliar a diversificação de mercados de exportação e fortalecer a competitividade das empresas brasileiras em outros países.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário